sábado, 30 de maio de 2020

=> LIVROS! SALVE SEU DIA!

Por: Givaldo Calado de Freitas


Eu aqui, pensando. De certo, até por conta desse “bichinho”. Esse tal de COVID-19. Nome bonito para um mal tão perverso, traiçoeiro, aterrorizante... posto que, alguém o chame de simples “gripezinha” ou “resfriadinho”, e em desdém às famílias de milhares de óbitos nestas terras de Cabral, proclama que “sou messias, mas não faço milagres”. 
Ah! Deus! Quando haverá de passar esse pesadelo? Confesso, que estou com medo, mas, como sempre, carregando a audácia da esperança, que nunca foge de meu caminhar. 
Atento às notícias da TV, dos jornais, enfim, dos... Nada se anuncia como alento, capaz de suavizar essa agonia, esse desespero porque passamos.  
Penso: não há como fugir dessa realidade. Temos, ao contrário, que viver com ela, e colocar sobre todos nós muita esperança no surgir de dias melhores para todos, obedientes ao receituário dos responsáveis por nossa saúde e, entrementes, no exercitar de nossos hobbies ou, na falta deles, atraindo para dentro de nossas casas algum ou alguns que possam nos dar satisfação e prazer.
Já disse, em datas pretéritas, que “tenho meus hobbies. Gosto de ler, gosto de escrever. No que pese, não leio quanto deveria. Não escrevo quanto poderia. Quem sabe por quê?
No meio desse estado, absorto e quase prostrado, por conta desse “bichinho”, que não larga nosso planeta, de súbito, à minha mente: hoje, 23 de abril. Dia Internacional do Livro, e eu, aqui, às minhas mãos, com “Trótski - Uma Biografia”, de Robert Seruice, da Editora Record, 768 páginas, exato no instante em que ele relata sobre o biografado que “Ninguém se atrevia a perturbá-lo quando o fluxo de palavras se firmava em sua cabeça.” E, adiante, que “Ele acostumou familiares, empregados e assistentes pessoais a esses hábitos.” 

Já dizia Machado em “Histórias sem Data”, que “Vivia no ar, tão absorta que não raro era preciso falarem duas e três vezes para que ela chegasse a responder alguma coisa.” 
Barack Obama, para escrever “A Origem de Meus Sonhos” e “A Audácia da Esperança”, amargou esses ensejos, e se isolava numa casa de praia, mesmo a contra gosto de Michele.  
Contei essas passagens, outra ocasião, para alguém. Na sua inocência, foi logo me dizendo “Como pode? Ficar só? E como eles faziam? Respondi: pior era na época de Honoré de Balzac que passava 14, 15 dias a escrever e, sequer, tomava um banho. E tudo porque, entrementes, escrevia peças para seus credores, que eram muitos, e com elas pagava parte de suas contas. 
Mas, hoje, é um dia especial. E eu diria mais que especial. Porque se reconhece o valor do livro e do escritor, no fundo, o maior, o único autor daquele. 

Por fim, bem dizia Mário Quintana: 
“O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”. E, lá, bem atrás, o grande Cervantes: “Não há livro tão mau que não tenha algo de bom.”

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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