Clipagem de matéria publicada hoje no Jornal do Comércio, disponível pelo link: http://jc.uol.com.br/canal/cotidiano/grande-recife/noticia/2011/01/06/recifenses-sofrem-com-servico-de-taxis-251402.php
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Depois de curtir o último revéillon na Avenida Boa Viagem, a advogada Carolina Ribeiro, de 24 anos, resolveu tomar um táxi para voltar para casa, às 6h. Após aguardar 30 minutos vendo todos os táxis passarem lotados pelas avenidas Conselheiro Aguiar e Domingos Ferreira e mais gente chegando em busca de carro, ela encontrou um taxista disponível, mas que, com o taxímetro desligado, cobrou R$ 60 pela corrida até os Aflitos, que normalmente não passa dos R$ 30. Depois da Lei Seca, pegar táxi nos fins de semana e em dias de grandes festas virou uma tarefa complicada para os clientes no Recife. Os taxistas, por sua vez, reclamam do trânsito caótico e dos serviços de fiscalização da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU).
A frequência no uso de táxis pelas famílias brasileiras passou de 2,8% para 3,4% entre 2003 e 2009, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento é consequência do aumento da renda. O problema é que mais dinheiro no bolso significa também mais carros circulando pelas ruas – já que quem não tinha condições de comprar um veículo passou a ser beneficiado pela oferta de crédito –, o que contribuiu para aumentar o caos no trânsito principalmente nos horários de pico.
De 1977 até hoje, a capital pernambucana conta com os mesmos 6.125 táxis em circulação, para uma população que cresceu 22% nos últimos 20 anos. É aproximadamente um permissionário para cada 254 habitantes. Esse número, de acordo com a CTTU, está dentro das exigência da Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP), que prevê um táxi para cada 300 pessoas.
Para o chefe do departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), doutor em planejamento e engenharia de transportes e coordenador regional Nordeste da ANTP, César Cavalcanti, o que configura a demora, especialmente em dias festivos e eventos, é a falta de planejamento do trânsito e a deficiência da fiscalização da CTTU. “A falta de rigor é que provoca os abusos”, diz ele. Além disso, há o problema da falta de táxis em alguns dias e horários, já que taxistas são trabalhadores autônomos e, por isso, podem escolher quando trabalhar. Para César, um melhor planejamento do serviço, com criação de escalas pelo serviço público poderia ajudar a resolver o problema.
Depois de muita espera, a advogada Carolina – citada no início da reportagem – conseguiu voltar para casa com um taxista que cobrou R$ 30, mas não ligou o taxímetro.
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