quinta-feira, 28 de novembro de 2019

=> MTur estuda implementar Centros de Interpretações no Brasil

Inspirado em modelo português, objetivo é estruturar recepção de turistas e visitantes nas 15 cidades onde há bens reconhecidos pela Unesco

Representantes do Ministério do Turismo estiveram em Portugal para conhecer de perto os Centros de Interpretação portugueses e estudar a viabilidade de implementação do modelo no Brasil. A missão oficial aconteceu entre os dias 17 e 25 de novembro em várias regiões do país europeu. Cada sítio reconhecido como Patrimônio Mundial em Portugal conta com um espaço de acolhimento e recepção de turistas e visitantes, que conta a história do local e traduz os valores ali preservados: os Centros de Interpretação. O Brasil pretende implantar esse modelo nas 15 cidades onde há bens reconhecidos pela Unesco.
A delegação brasileira contou com representantes do MTur, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e da Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial (OCBPM). A missão passou pelo centro histórico do Porto, cidade costeira conhecida mundialmente pela produção de vinho; visitou os sítios de arte rupestre do Vale do Côa e Siega Verde, onde há gravuras do período paleolítico com cerca de 20 mil anos; conheceu a região vinhateira do Alto Douro, paisagem cultural rodeada de montanhas de mais de 26 mil hectares; percorreu a charmosa Guimarães, considerada a cidade-berço da nação portuguesa; e terminou a visita técnica na capital Lisboa.

A diretora do departamento de Ordenamento do Turismo do MTur, Silvana Nascimento, representou a Pasta na viagem ao país europeu e afirmou que o Brasil pode aprender muito com o modelo de gestão turística e patrimonial de Portugal. “Portugal é referência no campo da proteção e promoção do patrimônio cultural. Para aprimorar a gestão turística do Brasil é fundamental conhecer melhores práticas utilizadas por outros países. As visitas foram muito proveitosas e vão auxiliar na formulação dos planos de gestão dos bens culturais brasileiros reconhecidos como Patrimônios Mundiais pela Unesco”, explicou a diretora.

Cada Centro de Interpretação visitado guarda um aspecto diferente, dialogando com o sítio em que está inserido. O Espaço Patrimônio a Norte, no Mosteiro da Serra do Pilar, guarda uma das melhores vistas para o Rio Douro e os centros históricos de Porto e Vila Nova de Gaia. Em Torre de Moncorvo, o espaço fica imerso no casario do singelo povoado. O Centro de Interpretação do Mosteiro de São João de Tarouca, na Casa da Tulha, antigo celeiro monástico do século XVIII, conta com premiado projeto museográfico. O Lisboa Story Centre proporciona uma experiência sensorial e interativa sobre momentos históricos da cidade.

A proposta é desenvolver, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), estratégias para a elaboração de projetos desses Centros de Interpretação. São Luís e Salvador deverão ser os dois primeiros sítios a desenvolver os projetos para os seus Centros de Interpretação. Serão os projetos-pilotos a serem desenvolvidos ainda em 2020.

“Trazemos dessa missão um grande repertório de possibilidades que podem se adequar a cada caso específico dos sítios brasileiros, que em toda a sua diversidade. Os gestores estiveram em contato com experiências concretas e materiais do que significa, de fato, interpretar o Patrimônio Cultural”, conta Marcelo Brito, diretor de Cooperação e Fomento do Iphan.

Centros de Interpretação

Os Centros de Interpretação oferecem atendimento a turistas e visitantes, com informações sobre o sítio histórico, atrativos locais, programação cultural, entre outras informações. Ali se pode encontrar exposições permanentes e outros serviços como oficinas, palestras, atividades formativas para público tanto adulto quanto infantil.



Esses espaços levam os visitantes a uma viagem que incentiva a exploração do sítio, a compreender a sua história, a reconhecer os seus valores culturais e a tomar conhecimento dos seus atrativos. O turista pode descobrir e aprender em seu próprio ritmo, ao ter acesso a informações que podem o auxiliar a vivenciar o local, em uma experiência ao mesmo tempo enriquecedora e prazerosa.


Fonte / Texto: Ascom do Ministério do Turismo

Nenhum comentário:

Postar um comentário