quarta-feira, 11 de setembro de 2019

=> ASTRONOMIA TODO DIA


Semana da Astronomia lembra pioneirismo de Pernambuco nos estudos astronômicos e convida a observar o céu

Na próxima semana, 16 a 21 de setembro, o céu é o protagonista. No Espaço Ciência, no Observatório da Sé e com ações itinerantes no Sertão e na capital, a Semana da Astronomia promete reforçar o pioneirismo do estado nos estudos astronômicos. A cada dia, um astro fica em evidência. Oficinas, lançamento de foguetes, palestras e observação dos astros estão na programação, que também inclui uma solenidade na Assembleia Legislativa e ações nos municípios de Floresta e Itacuruba.

Nos últimos dois anos, duas Leis foram aprovadas para consolidar a realização da Semana Estadual de Astronomia e Semana Municipal de Astronomia do Recife. O período escolhido para realização dos eventos coincide com a data de aniversário do cientista George Marcgrave. Ele foi o responsável pela construção do Observatório Astronômico no Recife, o primeiro das Américas e de todo Hemisfério Sul. A importância deste Observatório é tanta que, em 1640, foi possível observar e descrever cientificamente, pela primeira vez, um eclipse do Sol em terras recifenses. Por conta disso, o Recife é conhecido como “Berço da Astronomia das Américas”.

O pioneirismo de Pernambuco nos estudos astronômicos não ficou restrito ao século XVII. No século XX, por exemplo, ganhou reforço na figura do holandês conhecido como Padre Polman que, nos anos 50, criou o Clube Estudantil de Astronomia (CEA) e ajudou a formar uma geração de entusiastas pela Astronomia. Atualmente, Pernambuco abriga, no município de Itacuruba, o OASI (Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica), onde está o segundo maior telescópio em solo brasileiro e onde se realiza projeto de monitoramento de asteroides reconhecido mundialmente.

“Queremos que a população se sinta parte dessa história. As ações de popularização da Ciência que serão desenvolvidas na Semana da Astronomia buscam disseminar o interesse e reforçar esta tradição do Estado”, afirma o astrofísico Antonio Carlos Miranda, professor da UFRPE e coordenador do projeto Desvendando o Céu Austral. 

PROGRAMAÇÃO – A cada dia, um astro foi escolhido para ser o foco da programação, seguindo o mote da “Astronomia todo dia”. Segunda é dia da Lua; terça, de Marte; quarta, de Mercúrio; quinta, de Júpiter; sexta, de Vênus; sábado, de Saturno; e domingo, do Sol. “Em várias línguas, a origem etimológica dos dias da semana fazem referência a astros ou a deuses associados a elementos cósmicos”, afirma Arthur Lima, da Coordenação de Física e Astronomia do Espaço Ciência.
O Espaço Ciência, Museu Interativo de Ciência do Estado de Pernambuco, funciona de segunda a sexta, de 8 às 12h e de 13h às 17h; e nos sábados e domingos, de 13:30h às 17h. Além das sessões no Planetário, haverá observação do sol e da lua, e oficinas como construção e lançamento de foguetes; confecção de relógio solar e Observatório Indígena; e outras sobre astrobiologia, fases da lua e sistema solar.

No Alto da Sé, as atividades ocorrem de segunda a domingo, de 16h às 20h. O foco é a acessibilidade: haverá atividades dirigidas especialmente para pessoas com deficiência visual e auditiva. É o caso da oficina sobre a história do Astronomia pernambucana, com uso de Libras; e confecção das constelações  com uso de texturas e baixo relevo. Observação do céu, apresentação de vídeos, atividades lúdicas e oficinas completam a programação.

Na Universidade Rural, haverá atividades na terça e quarta. No auditório do CEGEN, haverá palestra sobre a História do Observatório Nacional, com as pesquisadoras do OASI Daniela Lazzaro e Teresinha Rodrigues. No campo de futebol, terá lançamento de foguetes e observação do sol e noturna. A programação itinerante inclui solenidade especial na Assembleia Legislativa, na quarta pela manhã; visita ao OASI de Itacuruba; palestra no IF Sertão/Floresta e visita do Ciência Móvel ao Instituto Conceição Moura, em Belo Jardim. No domingo, último dia de evento, haverá lançamento de foguetes e observação solar e noturna na Torre Malakoff.

FONTE: FABIANA COELHO - COMUNICAÇÃO DO ESPAÇO CIÊNCIA

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