quarta-feira, 12 de agosto de 2020

=> Otosclerose na gestação pode gerar consequências às futuras mães

 Doença causa surdez, tem origem genética e pode ser agravada na gravidez em decorrência de alterações hormonais

Alterações hormonais que a mulher enfrenta na gestação podem ser o gatilho para o agravamento da otosclerose, também chamada de otospongiose.

De acordo com Sylvia Faria, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, a otosclerose é uma doença evolutiva do ouvido e tem origem genética, embora já tenha havido o registro de casos sem incidência familiar.

“Ocorre uma desordem benigna do desenvolvimento ósseo, ou seja, a substituição do osso normal por tecido fibroso. Isso leva a uma perda de audição progressiva em um ou ambos os ouvidos”, explica a médica.

A otosclerose tem predominância no sexo feminino, sendo rara em negros e asiáticos. O aparecimento da doença frequentemente ocorre durante a segunda ou terceira época de vida, mas pode acometer outras faixas etárias.

Conforme explica a otorrinolaringologista, não há cura para a otosclerose até o momento. O paciente que manifesta a doença tem três opções de tratamento, a depender da gravidade dos sintomas e de seu histórico e condições clínicas.

1 – Uso de aparelho auditivo convencional: como a doença pode manifestar-se de forma independente, em apenas um dos ouvidos ou em ambos, em algumas situações o uso do aparelho já é suficiente para reestabelecer a qualidade de vida do paciente.

2 – Tratamento medicamentoso: o principal objetivo dessa alternativa é interromper a fase ativa da doença e, com isso, “estacionar” ou retardar a perda auditiva.

3 – Tratamento cirúrgico (estapedectomia ou estapedotomia): o procedimento substitui o osso do ouvido chamado estribo, prejudicado pela doença, por uma prótese, que fará sua função na transmissão do som.

Na otosclerose, uma falha na formação das estruturas ósseas afeta um dos ossículos da audição, o estribo. Com isso, a vibração sonora chega atenuada à cóclea e, consequentemente, também ao cérebro, ocasionando uma diminuição da audição (hipoacusia).

Geralmente, um dos sintomas da otosclerose é a dificuldade para ouvir sons de baixa frequência. Tontura e zumbido também podem ser sentidos. Esses problemas podem ser agravados na gravidez, ou logo após o nascimento do bebê, sendo prejudiciais à mulher. Ela pode deixar de ouvir alguns sons do bebê, por exemplo, e a desordem pode afetar a dinâmica dos primeiros meses da criança.

“Essa é uma fase de muitas mudanças para a mulher. Cansaço, medo ‘do novo’, alteração hormonal, tudo isso, em conjunto, associado à perda de audição decorrente da otosclerose, pode tornar as situações mais sensíveis. A otosclerose por si só prejudica essa nova fase da mulher”, completa a médica.

Por isso, a recomendação é buscar auxílio médico assim que algum dos sintomas manifestar-se, principalmente durante uma gestação. O diagnóstico precoce pode ser fundamental no tratamento da otosclerose.

Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.

Em localização privilegiada, a 300 metros da estação Hospital São Paulo (linha 5-Lilás) e a 800 metros da estação Santa Cruz (linha 1-Azul/linha 5-Lilás), possui 42 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, mensalmente, 500 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e pronto-socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.

Referência em seu segmento e com alta resolutividade, apresenta índice de infecção hospitalar próximo a zero. Dispõe de profissionais de alta capacidade e professores-doutores, sendo catalisador de médicos diferenciados e oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia


Fonte / Texto: Vivian Fiorio | Máquina Cohn & Wolfe

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