POR: Givaldo Calado de Freitas*
É isso aí. Coisa do futebol. Claro que o Brasil merecia um resultado melhor. Score parecido com 3 X 1. Mas o árbitro mexicano Cesar Ramos... que horror! Por que não queria fazer uso da tecnologia? Por que está em campo se sua excelência a ela não se dá conta? Devia ser obrigado. Para se fazer melhor justiça esportiva nessas contendas. Se não, pra quê? Pra quê sua presença? Pra adorno? Não precisa.
Sem querer, como tantos, dizer do que não sabe, insto-me a fazê-lo, posto que só em um detalhe: o Brasil foi vítima do arbítrio daquele juiz para quem a justiça esportiva devia passar ao largo.
O que nos consola são as lembranças do passado. Passado de tantas copas. Copas de tantas glórias. Apesar de, aqui e ali, ter havido, também, arbitragens injustas de juízes, conscientes ou não.
Lembranças das copas. Tantas! De 1958, de 1962, de 1970, de 1994 e de 2002. Que, hoje, nos tomam de alegria e de intensa crença nesses "meninos". Sim, eles: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Philippe Coutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus. Alegria e intensa crença, no entanto, dentro dos limites prudenciais. Nunca próximos ao máximo. Para se resguardar de decepção como ocorrera na última, a de 2014.
Tristeza? Pessimismo? Não enxergo razão para isso. Vimos apenas a primeira partida. Outras duas virão na nossa série.
Claro que gostaríamos de ter tido outro score. Claro! De uma coisa, no entanto, penso que estamos certos: se não ganhamos, também não perdemos. Aquele golaço de Philippe Coutinho.... E, se não ganhamos, as razões o mundo assistiu. De lá da Rússia. Quem para lá foi. E das telinhas espalhadas, estas em todo nosso planeta, este cada vez mais plano.
Em 1958, ganhamos na Suécia. Brasil 5 x 2 Suécia. Em 1962, ganhamos no Chile. Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia. Em 1970, ganhamos no México. Brasil 4 x 1 Itália. Em 1994, ganhamos nos EUA. Brasil 3 x 2 Itália. Esse, nos pênaltis. E, afinal, ganhamos em 2002, lá, no Japão. Brasil 2 x 0 Alemanha.
Estaremos torcendo para ganhar, agora, o sexto título. Sim, do hexa. Lá, na distante e imensa Rússia. Que não quis conhecer, dizendo a mim mesmo que dela não gosto, lembrando-me, quiçá, daquelas histórias de Napoleão, de 1812, e de Hitler, de 1943, por lá, derrotados.
Não poderíamos ter ganhado todas as copas. E se vamos ganhar essa, positivamente, não sei. Não sabemos, a bom juízo, até porque achamos muito difícil. Posto que estamos, todos, numa grande torcida. Numa patriótica torcida.
Ah! Como me lembro dos capitães das copas que ganhamos. Quanta alegria em seus semblantes. Nos nossos, então...
Em 1958, a postura de Bellini; em 1962, Mauro, produzindo alegria a seus patrícios; em 1970, Carlos Alberto a capitanear; para só depois, no distante 1994, vermos Dunga repetindo os gestos dos capitães do passado. E, duas copas depois, em 2002, a simpatia de Cafu roubar a cena, sacando a Caneca, para mostrar ao mundo o Brasil penta campeão.
Agora, em 2018, será que nossos capitães nos cobrirão de alegria, fazendo-nos guardiões de mais uma Caneca - a de hexacampeão mundial? Sim, “capitães”, no plural, visto que, Tite, nosso técnico, adota o rodízio para capitanear nossos craques.
A nós... Só nos resta torcer e torcer. É o máximo que podemos fazer. E, convencidos, vencendo dificuldades, mas dizendo a nós mesmos: já está em tempo. Brasil hexacampeão do mundo. Tudo, prudencialmente.
* Acadêmico. Figura Pública.
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