segunda-feira, 30 de março de 2020

=> Crônica: VÁ PRA DENTRO

Por: Givaldo Calado de Freitas


Desde domingo (22), recolhido na minha casa. De lá não saí, até hoje, pra nada. Quarto X Sala. Sala X Quarto. Livros às mãos. E digitando minhas linhas neste invento do século - WhatsApp. 
As janelas de minha casa, “olhos” em mim. Eu, de olhos nelas. Louco para me debruçar nelas como fazia minha mãe, para desgosto de meu pai. 
“Não! Não posso!”, dizia a mim mesmo. “Não! Não devo!”, repetia, enquanto sentava, deitava... em algum recanto da casa. 
Parava de repetir aquelas sentenças, a mim já monótonas, e percebia que uma viagem, por conta de meu foco na leitura, fazia-me voltar a calma e a tranquilidade, e, também, o conforto e a satisfação de estar em casa.
De repente, deixava a leitura e o WhatsApp de lado, e me perguntava: até quando, já há dois dias assim - anteontem e ontem. Quantos mais? Mais um? Mais dois? Uma semana? Duas semanas? 
Vou assistir aos noticiários. Faz tempo que a eles não assisto. Só notícias ruins - assalto nas ruas e assalto nos erários; malfeitos e malfeitos de mandatários ... Uma infinidade de tristezas que parecem anunciar o fim dos tempos. Notícias ruins, daqui, e de alhures. Do planeta, enfim. Novelas? Ah! Dessas estou de fora, faz anos, pelo lixo e asco que encerram. 
Já sei. Já sei o que devo fazer. Vou voltar às minhas crônicas. De repente, ao invés de cinco volumes de “Minhas e Linhas das Redes Sociais”, lanço o sexto, o sétimo... e, quem sabe? Eu peça férias à família para a elas me dedicar melhor, já que com a parceria internacional, que firmei com a OYO, espero poder produzir mais linhas, para mim hobby de que tanto gosto. 
Quer saber? É por aí. Vou ocupar mais minha mente. Não vou ficar só com as “viagens” nas leituras. Vou por, aqui, minhas impressões sobre esses dias porque passa o planeta terra. 
Assim, nesse 23, eu começava dizendo, sob o título “A HORA É DE PENSARMOS NA GENTE” que “Não absolvo essas notícias. Devo dizer, hoje, e já, há dias, que meu foco é outro. É nesse noticiário de todo dia, e do dia todo. E que aflige tanto a todos nós.”
Por igual, em 24, sob o título “MEU AMIGO SAIU SEM ENTENDER”, lá pras tantas eu concluía que “Os golpistas já falam até na possível restauração da primeira república, quando os ‘prefeitos’ eram nomeados pelos ‘governadores’. Aqueles como estes com o título de ‘interventores’.”

Já em 25, com a manchete “CONECTADOS”, ousei em dizer que “Agora, aqui, no meu WhatsApp, atento e conectado com a realidade em que vive o mundo, presto meus aplausos à Jan, e digo a ele que a humanidade se conecta através de seu invento, em seus dias a dia, sobretudo nesses dias.”
Ontem, 26, um amigo me inspirou e, sob o título "CHAPA? QUE CHAPA?", disse que política, para mim, é coisa séria, e que me enoja seu “modus operandi”. Daí referir na crônica que “De mais a mais, amigo, quem pensa que estamos sós que se cuidem, porque quando nosso ‘time’ entrar em campo será pra valer. E que se respeite às leis desse país.”
Hoje, no entanto, amanheci inquieto. Disse a mim mesmo: é hoje, é hoje que vou me por, embora por minutos, sob o sol. E vou contemplar e respirar o aroma de minhas rosas, e recordar dos jardins de minha mãe, eu, a ouvi dizer que “um jardim sem rosas não é um jardim.”
No jardim da minha casa, a apreciar a beleza de minhas roseiras com suas lindas rosas, de repente um amigo estanca seu veículo, e diz: “Pra dentro de casa, Givaldo!"
Tive que entrar, mas não antes de pedir desculpa ao amigo. E dizer que estava tocado pela decisão do Reino Unido, que vai pagar até 80% dos salários de seus trabalhadores.  

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