domingo, 2 de agosto de 2020

=> CRÔNICA: BOM PASTOR

POR: GIVALDO DE FREITAS CALADO*


Não me saem da cabeça. Entram anos, saem anos e a expressão ainda presente em mim. Arraigada, mesmo. E ela vem de longe. De muito longe. Do começo da década de sessenta dos anos mil e novecentos. Bem do começo. Já que de seus primeiros dias de 1961. Exato 20 de janeiro daquele ano. E, eu, a adaptá-la à minha cidade ao longo de minha vida, posto que vendo tantos e tantos desamores ao meu redor. O Marquês de Maricá a pontificou: “Muito patriotismo na boca, ambição no coração.”

Dizem: “Coisa de sonhador.” Que digam! E, eu respondo a mim mesmo: tudo começa com um sonho. Perguntam: “Que se realiza, ainda hoje ou amanhã?” E eu respondo: aí, só a Jesus é dado responder. Agora, minha parte eu faço. Estarei sempre a fazer. Com muito fervor. Com muita fé. Sob sua Vontade. Sob seu comando.

O nome é Jonh Kennedy: “Não perguntes o que a tua pátria pode fazer por ti. Pergunta o que tu podes fazer por ela.”




Estive no Bom Pastor, recentemente. É de partir o coração. Disse a mim mesmo. E fiz questão de dizer ao mundo de sua situação. De seu estado de abandono. Da fúria do desapreço. De ingratidão da cidade e cercania a que tanto serviu ao longo do tempo. Enfático, disse: essa situação não pode continuar a ocorrer em nossa cidade. É desprezar nosso passado. E, no caso, tão recente que me faz lembrar Machado de Assis, em sua “A mão e a Luva”: “Os sucessos, embora recentes, começaram a envolver-se na sombra crepuscular do passado.”


REDIGIDO EM: 03/06/2020

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