Tradicional celebração de Serrita foi realizada no Recife como parte do projeto Tengo Lengo Tengo, em homenagem aos 30 anos de morte de Luiz Gonzaga e do padre João Câncio
Uma tarde movida a literatura, arte, música, aboio e fé. Este foi o tempero do domingo no Centro Cultural Cais do Sertão, que abrigou a estreia do projeto Tengo Lengo Tengo. Iniciativa realizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer e da Cepe, o projeto foi responsável por trazer ao Recife caravanas de vaqueiros do Sertão, movidos pelo desejo de celebrar os 30 anos de morte de Luiz Gonzaga e do padre João Câncio no Cais. A programação, que começou com lançamento de livro e exposição, teve como destaque a tradicional Missa do Vaqueiro de Serrita, cerimônia criada pelos dois homenageados há exatos 49 anos.
E mesmo com as fortes chuvas que desabaram sob o Recife durante todo o domingo, cerca de 1.500 pessoas foram ao Cais do Sertão para acompanhar a original cerimônia sertaneja. Trajados com gibão, chapéu de couro e outras peças características do sertanejo, quase cem vaqueiros prestigiaram a missa. Eles vieram em caravana de Floresta, Exu e Serrita para vivenciar na capital a mesma fé que celebram anualmente em Serrita desde que a missa em homenagem ao vaqueiro assassinado Raimundo Jacó foi criada.
“É uma alegria sem tamanho poder realizar este evento no Recife. O Governo do Estado acreditou no projeto, a Cepe também, e conseguimos realizar esta tarde tão emocionante da mais pura cultura sertaneja no Recife. Agradecemos a todos que vieram, todos os vaqueiros, os artistas, o público, que não teve medo da chuva e veio assistir à missa. Até o dia 27 de agosto, vamos falar muito ainda de Luiz Gonzaga e do padre João Câncio”, declarou o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes.
Carregando bandeiras de Pernambuco, de suas cidades e do movimento LGBT, os vaqueiros foram os personagens principais não só da missa, mas também da exposição Tengo Lengo Tengo. Antes da missa propriamente dita, fizeram entrada em grupo, percorreram toda a mostra, aboiaram, falaram da alegria em ver sua vida e cultura enaltecidas num museu no Recife. Participaram ainda do lançamento da fotobiografia de Câncio, assinada pelo jornalista Vandeck Santiago, e publicada com apoio da Cepe.
A missa propriamente dita seguiu o ritual sertanejo. Altar em forma de ferradura, com espaço para os vaqueiros ofertarem as peças que simbolizam a sua lida na caatinga, a exemplo do gibão e do chocalho. Na comunhão, rapadura e queijo foram servidos a todos, como manda a tradição sertaneja. A parte cultural ficou sob o comando de Josildo Sá, com a participação de vários aboiadores, a exemplo de Ronaldo Aboiador e do coral de Aboiadores de Serrita. A tarde contou ainda com show de Josildo Sá, Bia marinho e de Flávio Leandro.
O encerramento da exposição, em 27 de agosto, Dia Nacional do Vaqueiro, será marcado por uma festa com o Som da Rural tocando grandes sucessos de Gonzagão. Até lá, serão oferecidas várias atividades gratuitas para o público.
O projeto “Tengo Lengo Tengo” conta ainda com o apoio da Secretaria de Cultura de Pernambuco, Prefeitura do Recife, Fundação Padre Câncio, e da Janela Gestão de Projetos.
SERVIÇO
Exposição Tengo Lengo Tengo, até 27 de agosto, no Centro Cultural Cais do Sertão – Av. Alfredo Lisboa, s/n, Bairro do Recife. Fone: 3182-8266
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Fonte / Texto: ASSESSORIA DE IMPRENSA
SECRETARIA DE TURISMO E LAZER DE PERNAMBUCO
EMPRESA DE TURISMO DE PERNAMBUCO (EMPETUR)
CENTRO CULTURAL CAIS DO SERTÃO
ARENA DE PERNAMBUCO
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