terça-feira, 11 de junho de 2019

=> HISTÓRIA DE JACKSON DO PANDEIRO


Além do centenário, Pernambuco tem outro motivo bem especial para render homenagem a Jackson. Foi aqui no estado que o artista consagrou seu nome e estourou para todo país. Nascido José Gomes Filho, apesar da infância dura, brincava de ser artista desde pequeno. Criou um personagem de filme de faroeste, o bandido Jack Perry. Depois que o pai, o oleiro José Gomes faleceu, ele mudou-se com a mãe, a artista popular, cantadora de cocos Flora Mourão, para Campina Grande. Em Alagoa Grande, onde nasceu, já acompanhava Dona Flora em suas apresentações, tocando zabumba. Mas foi em Campina que começou a tocar pandeiro e o nome do Jack, seu personagem de infância, serviu bem para codinome artístico: virou Jack do Pandeiro.

Cinema e música eram o que dava alegria a Jackson. A feira da cidade era o endereço para se encontrar com os emboladores de coco e repentistas. Aos 17 anos, a arte falou mais alto e Jack finalmente foi tocar como percussionista do conjunto musical do Clube Ipiranga, em Campina Grande. Começou a fazer sucesso na cidade quando, já se assumindo como um artista solo, Jack do Pandeiro, começa a fazer dupla com José Lacerda, irmão mais velho de Genival Lacerda.

Antes de vir morar no Recife, passou um tempo em João Pessoa, onde tocou em cabarés e depois foi contratado pela Rádio Tabajara, atuando com o nome artístico de Zé Jack. A fama só crescia e, quando chegou ao Recife, em 1948, foi para trabalhar na Rádio Jornal do Comercio. Jack foi convencido finalmente a mudar o nome para Jackson do Pandeiro, que lhe conferia uma  maior força sonora.

Foi em Pernambuco, em 1953, que Jackson, formando dupla com o já famoso Rosil Cavalcanti, gravou seu primeiro disco. O compacto 78 rpm, lançado pelo selo Copacabana, continha as músicas que lançariam seu nome para todo país: Sebastiana, de autoria de Rosil; e Forró em Limoeiro, de Edgar Ferreira. Foram muitos os feitos, os marcos, os discos, os sucessos. O que Jackson criou foi tão único e grandioso que permanece vivo, pulsante, irresistível. Salve Jackson do Pandeiro!

Fonte / Texto: Assessoria de Comunicação 
Secult Pernambuco / Fundarpe
Mencionada por Ascom Garanhuns

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