quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

=> Navegar é turismo!

Cruzeiros pela costa do Atlântico, barcos e escunas pelos rios, lagos e lagoas naturais e artificiais. O turismo náutico brasileiro é uma atividade em expansão e deve conquistar ainda mais espaço entre os roteiros de turismo da próxima década. De olho na demanda futura, o Ministério do Turismo já investiu R$ 570 milhões na estruturação e requalificação de atrativos e complexos de turismo e lazer que dão vida às orlas marítimas, fluviais e lacustres do país.

Entre os projetos contemplados, estão a revitalização da orla da Praia do Forte (BA), a construção de complexo turístico na orla fluvial de Maués (AM), a urbanização da orla de Aracruz (ES) e a urbanização da orla do Beira Rio, em Barra do Corda (MA). De acordo com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, “cabe ao governo, nas diversas esferas, criar infraestrutura para aumentar a competitividade dos nossos destinos com atrativos náuticos e buscar um diálogo permanente com o setor privado capaz de desenvolver essas regiões”, explicou.

Grande parte das atividades turísticas no Brasil são realizadas nas proximidades de espelhos d’água, como praias, lagos, rios e estâncias hidrominerais. Para incentivar viajantes brasileiros e estrangeiros a desfrutarem dos 8 mil quilômetros de litoral e cerca de 35 mil km de vias internas navegáveis no Brasil, o Ministério do Turismo acaba de lançar uma cartilha com dicas sobre destinos e atrações de turismo náutico (versões Português-Espanhol e Português-Inglês). Turistas que apostam em viagens em suas próprias embarcações podem escolher e definir seus roteiros com o apoio do manual.

De acordo com a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), a temporada de Cruzeiros Marítimos 2013/2014, que começou em novembro, terá, até abril de 2014, a presença de 11 navios no litoral do país. A expectativa da entidade é que cerca de 648 mil cruzeiristas aproveitem os 230 roteiros de viagens pelo mar disponíveis no período.

O Brasil ocupa a terceira posição entre os países com maior potencial de exploração de águas internas navegáveis, e hoje é também considerado um dos maiores mercados mundiais de cruzeiros marítimos. Os principais portos para receber grandes embarcações estão localizados em Santos (SP) e no Rio de Janeiro (RJ), seguidos por Fortaleza (CE) Natal (RB), Fernando de Noronha (PE), Recife (PE); Maceió (AL); Salvador (BA); Ilhéus (BA); Vitória (ES); Búzios (RJ), Cabo Frio (RJ); Angra dos Reis (RJ); Paraty (SP), Ilhabela (SP); Ilha Grande (SP); São Francisco do Sul (SC); Porto Belo (SC) e Rio Grande (RS).

Se o passeio for por rios, existem diversas opções ao longo do Rio São Francisco, que tem cerca de 2,8 mil km de extensão atravessando o estado da Bahia. O rio faz divisa com Pernambuco, Sergipe e Alagoas, até desaguar no Atlântico. No Alto Sertão de Sergipe, o Complexo Turístico de Xingó permite aos visitantes passear de barco por entre os paredões de pedra do Cânion do Rio São Francisco. Os rios Tietê, Paraná, Araguaia, Madeira, Tapajós, e, o maior deles, o Amazonas, com mais de 6 mil Km, são alguns dos rios navegáveis que já contam com atividades especiais de turismo e esportes náuticos.

O Ministério do Turismo trabalha para que as atividades náuticas no país se desenvolvam de maneira ordenada e sustentável. “Diferentes regiões que dispõem de recursos hídricos com condições de balneabilidade ou propícios à pesca esportiva e à prática de esportes náuticos já estão em processo de expansão das atividades econômicas ligadas ao setor e à demanda de lazer”, afirma o ministro Gastão Vieira. Segundo o estudo Perfil do Turista de Aventura e do Ecoturista no Brasil 2010, realizada pela Abeta a pedido do Ministério do Turismo, de cada dez pessoas que viajam pelo Brasil, cinco têm interesse em atividades de lazer/turismo que envolvem água (mares, rios, cachoeiras).

MERCADO E LEGISLAÇÃO

O Brasil possui uma frota de pouco mais de 70 mil embarcações acima de 16 pés, o que inclui lanchas, veleiros e iates. Em questões de infraestrutura e serviços, são cerca de 400 locais de apoio náutico em 19 estados brasileiros. Ainda na área de serviços náuticos, há 103 estaleiros, 445 fabricantes de equipamentos e acessórios, 84 varejistas especializados, 23 prestadores de serviços e 12 importadores.

A legislação brasileira sobre recursos hídricos contempla o aproveitamento das águas para fins de turismo e recreação. A Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/1997) determina a necessidade de manutenção dos usos múltiplos da água, dentre as quais está o uso para turismo, recreação e lazer.

O programa Bandeira Azul, muito popular na Europa, chegou no Brasil em 2009. A finalidade é criar parâmetros de avaliação de praias e marinas para turistas que buscam excelência em qualidade da água e iniciativas de educação ambiental. Com a Bandeira Azul, além de conquistar visibilidade internacional no setor ambiental, o destino agrega atributos que o diferenciam no mercado de viagens. Em todo o mundo, 3.650 bandeiras azuis estão hasteadas. Atualmente, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro detém duas bandeiras cada um, concedidas em 2013. O programa existe desde 1987 e é aberto a marinas e praias marítimas, fluviais e lacustres.


FONTE: Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

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