O movimento de profissionalização do turismo no Brasil faz aumentar o interesse dos destinos em conhecer detalhadamente a sua própria oferta e demanda. A exemplo do Distrito Federal, que acaba de lançar uma plataforma digital de monitoramento de dados do setor, outros estados brasileiros vem apostando em ferramentas de diagnóstico, impacto econômico e mensuração de resultados da atividade turística local.
São Paulo (capital), Bahia, Paraná e Rio de Janeiro (estado) já contam com Observatórios de Turismo. Esses centros de pesquisa são responsáveis pelo monitoramento do fluxo turístico nos destinos, gerando dados que auxiliam na tomada de decisão dos gestores públicos.
O primeiro a implantar um observatório foi a cidade de São Paulo, em 2009. A capital paulista tem uma receita de R$ 10,9 bilhões com o turismo, importância econômica que vem crescendo anualmente com a realização de grandes eventos como o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, a Virada Cultural, o Réveillon na Paulista, o Salão do Automóvel e a Bienal do Livro. De acordo com a SPTuris, a cidade sedia, em média, um evento a cada seis minutos, um dos motivos que fazem do turismo o setor responsável por aproximadamente 450 mil empregos diretos e indiretos na cidade.
Em 2011, a secretaria estadual de turismo do Rio de Janeiro inaugurou o seu observatório. Foi desenvolvido com o propósito de analisar o perfil, tempo de permanência e grau de satisfação do visitante, além de fazer pesquisas junto à hotelaria, aeroportos, rodoviárias, portos e atrativos turísticos. Em 2012, o anuário estatístico do RJ, produzido pelo observatório carioca, contabilizou 2,68 milhões de turistas na capital.
Os observatórios de turismo da Bahia e de Foz do Iguaçu foram criados neste ano. O centro baiano de pesquisas realiza estudos sobre o movimento turístico no estado, festas, dentre outras informações. Segundo a instituição, Salvador contabilizou 7,41 milhões de turistas nos aeroportos, sendo 527 mil visitantes somente no período de Carnaval. Já o Observatório de Foz do Iguaçu foi recentemente lançado, em novembro, fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Turismo (SMTU), o Centro Universitário UDC, SEBRAE, o Instituto Polo Internacional Iguassu e o Projeto Diálogos de Fronteira. Uma das primeiras iniciativas da secretaria de Foz, gestora do centro de estudos, será a revisão da metodologia de pesquisa de demanda.
Os dados nacionais ficam a cargo do Ministério do Turismo. O Departamento de Estudos e Pesquisas do MTur produz estudos e reúne informações de todo o país, dentre levantamentos mensais, sazonais e anuais, como a PACET, a Sondagem de Intenção de Viagem e os estudos de dimensionamento da demanda turística doméstica e internacional. Para o ministro do Turismo, Gastão Vieira, os observatórios municipais e estaduais complementam o trabalho desenvolvido pelo ministério, oferecendo o detalhamento exclusivo que caracteriza o turismo em cada destino ou região. Confira outros estudos e pesquisas do MTur no portal Dados e Fatos.
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FONTE: Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo
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