POR: Givaldo Calado de Freitas*
Grande prazer em receber José Ailton, aqui, em meu escritório. Ele, que é daqui. Da terrinha. Mas que vive fora. Em Osasco, São Paulo, há mais de trinta anos. Ele que não me conhecia. Nem eu a ele, pessoalmente. Nós que só conversávamos pelas redes sociais, quando possível, por conta de nossas ocupações. Ele que volta à sua cidade, já que, de férias, para ver e rever tantos. Inclusive, eu, como prometera, pelas redes.
A incursão de Zé, por aqui, vai das casas da família, que é grande, às casas dos amigos de infância e adolescência. Também, as casas dos amigos virtuais. Com quem conversa, sempre. Estes, estimo que muitos. Já que ele é exímio usuário das redes sociais. E gosta de conversar e fazer amizades mil. E eu estou entre eles, com muita satisfação.
Conversamos, longamente e, durante a nossa conversa, eu ia me convencendo cada vez mais de que estava diante de um homem de bem, amigo, sensível, apaixonado por sua terrinha, e, sobretudo, temente a Deus. Aliás, diga-se que mesmo antes de conhecer Zé, já que sou seu amigo virtual, eu tinha sobre ele a melhor das impressões.
De repente, pergunto-me: que bem não tem feito à humanidade esses avanços tecnológicos, sobretudo na área da comunicação? Eu mesmo posso dizer que tenho reencontrado muitos amigos de longa data pelas redes sociais. Que tenho feito muitas amizades por aqui. Que tenho conferido mais agilidade aos meus dias a dia por aqui. Que tenho o mundo em minhas mãos por aqui. Que a cada dia vejo o planeta mais plano por aqui. E veja que, embora usuário dessas ferramentas, estou longe... Muito longe de ser seu conhecedor. Mas, já o disse: tenho perseverado e persistido... no aprendizado. Enfim, tenho procurado agregá-lo dentro de minhas limitações.
Alguém já me perguntou se essas ferramentas não podem ter efeitos colaterais, portanto, perigosos, terríveis...? “Claro que sim” - respondo – “mas é preciso que se diga que as redes sociais vieram para ajudar o homem. Para torná-lo mais produtivo na execução de suas tarefas. Mas ele deve usá-las para o bem. O bem de todos. E eu até diria: para ajudar a tornar melhor e correto o exercício da ‘Última Flor do Lácio, inculta e bela’, e podermos dizer com Olavo Bilac: ‘Amo- te, ó rude e doloroso idioma’.”
Com José Ailton, conversei muito sobre o assunto. Vi, nele, um bom usuário das redes. Delas falando com desembaraço e conhecimento. Senão profundo, mas o bastante para ser o usuário que é. Cumpridor da verdadeira razão de ser das redes sociais.
Em sua despedida, muita emoção e palavras de carinho e respeito. “Daqui a um ano estarei de volta à minha cidade. E voltarei a visitá-lo. Muito obrigado por tudo.”
Fiquei a pensar: Que elegância! Que sentimento! Sobretudo, vindo de onde veio. De um homem simples. Que, como tantos, no passado deixou sua cidade para tentar a vida na cidade grande. Mas que nunca esqueceu a sua terrinha, e para ela sonha voltar um dia. Que chegue logo esse dia, Zé, porque você é a amizade que todos gostariam de contar.
E agora, se me permite, quem vai dar um muito obrigado a você sou eu. Por sua visita. Pelo prazer que ela me trouxe. Pela inspiração que me levou a construir essas linhas. Até novembro de 2018, José Ailton, em suas férias.
*Figura Pública. Empresário.
Crônica redigida em 20.11.2017
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