POR: Givaldo Calado de Freitas*
Que dia é hoje? Amanheci assim. Parecendo em órbita. Sem noção de tempo. Nem segurança de onde estava.
Teria sido a noite de ontem? Sim, a segunda do FIG. Que avança no desfilar de suas mais de 500 atrações?
Mas, ontem, fora apenas a segunda noite de tantos e tantas dias e noites que hão de compor o FIG 2018.
De repente, parece que o amigo Mário adentra a minha casa, já sabendo do meu estado, e, parecendo não me conhecer me sai com essa: “Givaldo, meu irmão, você, ontem, no nosso espaço, tomou todas ou quase todas, durante o show da Daniela”.
E eu, comigo: “Só eu. Primeiro, mal ela terminava a segunda música, e eu, à francesa, já a caminho de minha alcova. Segundo, sou abstêmio. Logo, tô fora. E digo isso até pensando no outro dia. Sim, no batente do outro dia, quando tenho que estar lúcido, ativo... para vencer as tarefas que me esperam.”
Agora, sereno, tranquilo... a ponto de recordar passagens de Fátima Quintas que eu mesmo, sem pensar, as exercito com prazer: a lembrança dessas passagens que, segundo Fátima “confirmam a existência; narrá-las equivale a eternizar-se”.
Por isso, eu aqui, no tecer as minhas Linhas e Linhas, no culto ao registro das passagens sentidas ou vividas; ficcionais ou reais. Mas passagens em nossas vidas que “... a literatura é a única maneira de burlar a censura da consciência”. Ou, quando não ela, pelo menos minhas Linhas e Linhas.
Sim, mas burlando a censura da consciência, começo, nessa noite de domingo (22). Nessa noite fria, chuvosa e nevoenta a dizer que, apesar da extensão do programa do FIG, não deixei de lado aquelas “limpas mentes” na Santo Antônio, no meu caso, sempre aos sábados e domingos. E até para saber as novas por traz dos Polos e o sentir dos presentes.
Na Catedral, sob a batuca do Conservatório Pernambucano de Música, já desde às 16 horas, pontificava a Orquesta de Câmara de Pernambuco para encerrar, às 21 horas, com a soprano Carmen Manarcha com Daniel Gonçalves no Piano.
No Dominguinhos a grande expectativa estava por conta de Vanessa da Mata, que seria precedida por Amanda Back, Aninha Martins, Leila Garin e Rita Benedito. Que fizeram seus show’s, enquanto os termômetros da Esplanada baixavam e o nevoeiro fechava o tempo.
Mais uma noite do FIG no Dominguinhos, em resgate ao grande compromisso desse Festival, que veio pra ficar e, hoje, é “Patrimônio Cultural e Imaterial de Pernambuco”.
De lá saí já pensando na noite de amanhã, segunda-feira, em homenagem aos 100 anos de Dalva Oliveira e a Núbia Lafayete, seguramente, dois nomes que fizeram e continuam fazendo história na nossa MPB.
* Acadêmico. Figura Pública.
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