A manhã desta quinta-feira (25) foi de muita cultura e literatura, na Praça da Palavra. Cartoneiros de seis países se reuniram para dialogar sobre o movimento cartoneiro. “Garanhuns, o mundo, papelão e literatura: o que é o movimento cartoneiro?” foi o tema do encontro, que teve o objetivo de explicar e propagar as ideias acerca do cartoneirismo.
O encontro foi mediado por Andreia Joana Silva, de Portugal.
Participaram do diálogo os cartoneiros Nicolas Durancka, Washington Cucurto, Daniela Elias, Amandine Cholez, Juan Malebrán, Helder Herik e Núbia Bezerra. Todos eles falaram sobre a importância do movimento, contaram um pouco de suas experiências e chamaram a atenção para questões sociais.
No Brasil, os cartoneiros são chamados de catadores, donos de uma preocupação social e ecológica. Esse movimento nasceu na Argentina, em 2002, e funciona através da junção de catadores de papelão a escritores e artistas plásticos. O objetivo é produzir livros de papelão, usando a matéria-prima dos catadores.
O escritor Helder Herik e a catadora Núbia Bezerra fazem parte do projeto cartoneiro, denominado “Severina Catadora”, que se uniu a catadores de uma associação de reciclagem (Asnov), localizada na Cohab III, em Garanhuns. Um dos frutos desse projeto é o livro também intitulado de “Severina Catadora”, que reúne doze jovens, autores garanhuenses.
O livro de papelão é um conceito que vai além da então chamada cultura descartável. Os cartoneiros buscam não só espalhar a literatura, mas também, a forma de se pensar, a humanização e valores da sociedade, em qualquer lugar do mundo.
Texto e foto: Wiliane Maurício
Edição: Cloves Teodorico (Secretaria de Comunicação de Garanhuns)
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