domingo, 1 de julho de 2018

=> CRÔNICA: COPA 2018 - BRASIL X SÉRVIA

POR: Givaldo Calado de Freitas*



Eu e todos. Amigos e amigas na telinha. Telinha daqui. Daqui de casa. E eu, nela, mas, também, aqui, nas minhas linhas. Construindo-as. Produzindo-as. 

Se contra a Costa Rica entendi “score suado” (2 X 0), até porque só veio a ocorrer depois do tempo regulamentar, ou seja: nos acréscimos da partida, torço, como milhões de brasileiros e brasileiras, para que nessa próxima segunda-feira (02.07.18), tudo seja diferente. Ah! Bem diferente! E até temos que sê-lo porque, agora, é ganhar ou ganhar, pensando nas quartas. E, por que, não? Também na final. Mais do que nela: na caneca. No hexa. No maior título da história do futebol mundial. Na superação desse nosso jejum de vitórias, que já dura tantos anos - exatos 16 anos - e tantas copas - três, para ser exato.
E o Brasil está a precisar dessa alegria. Senão ele, a sua gente. Senão ela, um detalhe dela: a sua dor. A tristeza que a assusta cada vez mais em seus dias a dia.

A paixão da gente brasileira terá que ir muito além de seus limites. Carece, como nunca na história dessas campanhas, de se converter em êxtase. Êxtase nacional. Sim! Passar de paixão nacional para êxtase nacional. 



Resolve a nossa dor? Não! Claro, que não. Mas leva-a ao secundário, pelo menos por instantes. Instantes enquanto as pernas aguentarem de tantos pulos e saltos. Instantes enquanto a garganta suportar os nossos gritos. Gritos pelos “olhe o gol, olhe o gol, olhe o gol!”... “Gol! Gol! Gol!” Gritos pela bola nas redes. Gritos pela bola, lá, dentro. Dentro das redes. Grito, enfim, de alegria. De altar. De êxtase. 



Remoto esse sonho? Penso que não.  Depois da passagem pelo “Grupo E”... Depois dele, o levante dos brasileiros e brasileiras é geral. E visível! Porque na cara de todos e de todas. E o remoto se torna cada vez menos remoto. E o menos remoto se toma de esperança. E a esperança sugere e aponta à certeza. Aquela certeza que cada um de nós tem que somos o maior país do mundo. Mais que país, nação. E, como tal, não só com a bola no gramado, que faz sucesso. Porque show. Mas cônscio do esplendor que um dia, torço para breve, vai dar exemplo ao mundo. Exemplo não só no atletismo. Mas exemplo de cidadania. De construção de seu destino.


* Acadêmico. Figura Pública.

Nenhum comentário:

Postar um comentário