segunda-feira, 28 de outubro de 2019

=> MTur discute implementação do programa Revive em seminário internacional

Evento reuniu atores nacionais e internacionais de diversos órgãos relacionados ao patrimônio mundial

O programa Revive foi pauta de uma das mesas redondas debatidas no Seminário Internacional Patrimônio+Turismo e 6º Encontro Brasileiro das Cidades Históricas, Turísticas e Patrimônio Mundial, realizado em Porto Alegre (RS), entre os dias 23 e 25 de outubro. O evento, organizado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em parceria com o Ministério do Turismo, reuniu pesquisadores, estudantes e gestores governamentais nacionais e internacionais de diversos órgãos relacionados ao patrimônio mundial.

O secretário Nacional de Integração Interinstitucional, Bob Santos, participou da abertura do evento e frisou a importância de uma gestão compartilhada para o desenvolvimento do turismo no país. “O objetivo do turismo é construir pontes e não muros. O turismo é a mola propulsora da economia justamente por estar alinhado e integrado com outros setores, seja patrimônio ou demais bandeiras. O turismo é transversal, ele agrega e integra”, concluiu Santos.

Durante os três dias de evento, representantes do MTur participaram de diversas reuniões e debates sobre o potencial econômico do patrimônio em sua dimensão turística. O secretário do MTur, Bob Santos, integrou a mesa redonda que debateu a implementação do programa português Revive no Brasil. Também compuseram a mesa o diretor de Valorização da Oferta da Empresa de Turismo de Portugal, António Baeta, e a diretora-geral de Patrimônio Cultural de Portugal, Paula Araújo.

Baeta apresentou o programa Revive, que está sendo aplicado no país europeu desde 2016, e mostrou como o projeto vem ajudando Portugal a sair de uma grave crise econômica. “Em apenas três anos, o Revive contribuiu positivamente para o aumento da receita cambial turística e para a geração de empregos no país”, comemorou.

Durante o debate, Paula Araújo reafirmou o sucesso do programa e ressaltou que a iniciativa privada trabalha como parceira do governo no projeto. “As intervenções são feitas por meio de concessões, portanto o imóvel continua sendo público. Nem todos os patrimônios integrarão o programa, apenas aqueles que possuem vocação turística e relevância como patrimônio arquitetônico, histórico e cultural”, ressaltou.

Os governos de Brasil e Portugal pretendem assinar um acordo de cooperação em breve para oficializar a implementação do Revive no país. O programa tem como objetivo recuperar e valorizar patrimônios públicos subutilizados, gerar investimento, criar postos de trabalho, diversificar e ampliar a oferta de produtos turísticos, aumentando a atratividade e a competitividade dos destinos.

Com o avanço das tratativas entre Brasil e Portugal, será criado um Comitê Gestor Nacional do Revive Brasil. Composto por representantes do MTur; da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SPU), ligada ao Ministério da Economia, e do Iphan, o grupo vai estabelecer critérios para a escolha dos patrimônios.

Bob Santos, lembrou que os Estados definirão os patrimônios estratégicos para aplicação do Revive. “Ninguém conhece melhor seus patrimônios que os próprios municípios. Cada Estado deve criar um portfólio de possíveis imóveis e a partir daí o comitê avaliará criteriosamente quais entrarão no programa e de que forma”, complementou.

Para a diretora do departamento de Ordenamento do Turismo, Silvana Melo, que também participou do seminário em Porto Alegre, o modelo Revive serve como inspiração e será adaptado à realidade brasileira e às necessidades de cada imóvel. “O objetivo é utilizar o patrimônio estrategicamente a favor da comunidade. O projeto transforma lugares desertos e sem utilização em atrativos culturais, preservando suas características. Queremos criar polos turísticos e potencializar economicamente a região, gerar emprego e renda para as localidades”, explicou a diretora.


Fonte / Texto: Ascom do Ministério do Turismo

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