O museu estadual é um dos contemplados na categoria Patrimônio Imaterial pelas mediações musicais na Sala Imbalança
O Centro Cultural Cais do Sertão, equipamento turístico e cultural do Governo do Estado, gerido pela Secretaria de Turismo e Lazer e a Empetur, é um dos grandes vencedores da 33ª edição do Prêmio Rodrigo de Melo Franco, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O museu saiu vitorioso na categoria de iniciativas de excelência no campo do Patrimônio Cultural Imaterial, pelas atividades interativas desenvolvidas na Sala do Imbalança, que permite ao visitante uma experiência completa da formação musical nordestina.
Localizada no piso superior do museu, a Sala Imbalança oferece aos visitantes a experiência gratuita da musicalidade do Sertão pernambucano. O espaço é visitado por grupos, que por intermédio de músicos-educadores, podem aprender a tocar instrumentos musicais utilizados no forró e demais gêneros populares do Nordeste. O público tem acesso às técnicas de manuseio da sanfona, zabumba, triângulo, agogô de cocos, pífano e rabeca, entre outros instrumentos. Este ano, devido ao protocolo sanitário que regula os cuidades para se evitar a disseminação da Covid-19, o público não está com acesso à área.
O Cais do Sertão, cuja missão é proporcionar a representatividade dos pernambucanos a partir de seu acervo, competiu com mais dez ações do Estado. “Sermos um dos vencedores do prêmio nos honra e nos motiva a fortalecer ainda mais o papel do Cais como instrumento de difusão e manutenção das nossas riquezas culturais”, comenta o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes.
Desde o início da pandemia, o Cais do Sertão adaptou todas as suas atividades para as plataformas online, promovendo debates, rodas de conversa e playlists temáticas. Todas as ações foram idealizadas pelo time de profissionais que compõem os setores de conteúdo e educativo do centro cultural. “Este prêmio é um reconhecimento significativo para o museu e para o trabalho do time educativo do equipamento. Nesse momento de pandemia, os museus foram um dos segmentos que mais sofreram entraves ao longo dos meses e, com o trabalho interativo nas redes sociais, conseguimos dar continuidade ao nosso objetivo de propagar a cultura genuinamente nordestina”, salienta a gestora do Cais do Sertão, Maria Rosa Maia.
Além do Cais do Sertão, a edição premiou outros projetos de sucesso do Estado. Entre as iniciativas, foram contempladas as ações de integração do Pátio Criativo, da Prefeitura do Recife, e de preservação da cultura popular com o Canal Babau: Salvaguarda do Mamulengo de Pernambuco, Patrimônio do Brasil, de Wagner Porto Cruz.
O Prêmio Rodrigo de Melo Franco foi promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e, desde 1987, preocupa-se em valorizar os espaços e projetos que visam à preservação cultural do País. Este ano, houve recorde de inscrições: no total, 515. Na etapa final, foram selecionadas 12 ações no campo do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cada premiado receberá o valor de R$ 20 mil.
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