O Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (CPPC) realizou, na tarde desta quinta-feira (20), a reunião final para a escolha dos três novos Patrimônios Vivos de Pernambuco. Marcada por comentários de conselheiros que ressaltaram a valorosa contribuição de todos os candidatos à cultura pernambucana, a sessão resultou em uma eleição única, na qual foram escolhidos a repentista Mocinha de Passira, a Troça Carnavalesca Mista Cariri Olindense e o cineasta Lula Gonzaga.
“Este é um momento de muita responsabilidade para todo o Conselho, após as análises de todo o conteúdo recolhido sobre os 55 candidatos e também a etapa de Defesa Oral. É válido ressaltar que todos os participantes do concurso estavam aptos a se tornarem Patrimônios Vivos, mas, só pudemos escolher três, tendo em vista a legislação em vigor”, explicou Márcia Souto, presidente da Fundarpe e do CPPC. “Estamos reafirmando aqui o compromisso do Governo do Estado em lutar pela reformulação da Lei, para que já a partir do próximo concurso possamos eleger seis representantes da nossa cultura”, garantiu a presidente.
Para Marcelino Granja, secretário de Cultura de Pernambuco, a definição dos novos Patrimônios Vivos acontece em um momento marcado por conquistas no cenário cultural de Pernambuco. “O Conselho está conseguindo dar conta do recado, com um formato desafiador de luta pela construção das políticas públicas culturais, levando em conta tanto os momentos de crise quanto conquistas como as de hoje (20/7)". Além da definição dos três novos Patrimônios Vivos, o secretário anunciou aos presentes que, também a partir desta data, o Governo de Pernambuco garantiu mais uma possibilidade de aporte de recursos no Funcultura: "Agora, a Copergás também vai aportar no Fundo Estadual, o que vai resultar num piso anual de R$ 35 milhões", comemorou.
O Edital 2015/2016 de Registro do Patrimônio Vivo será anunciado no dia 17 de agosto, na abertura da 9ª edição da Semana do Patrimônio Cultural do Estado.
HISTÓRICO - Importante política cultural de salvaguarda, a lei dos Patrimônios Vivos é a primeira lei do tipo no Brasil, tem como objetivo reconhecer, valorizar e apoiar mestres e grupos que detenham os conhecimentos ou as técnicas necessárias para a produção e a preservação de aspectos da cultura tradicional ou popular - formas de expressão, saberes, ofícios e modos de fazer -, em especial, os que sejam capazes de transmitir seus conhecimentos, técnicas e habilidades às novas gerações de alunos e aprendizes, objetivando a proteção e a difusão do patrimônio pernambucano.
Os três novos Patrimônios Vivos eleitos hoje se somam aos trinta e seis nomes já contemplados em Pernambuco. Sua missão é ainda possibilitar e potencializar o reconhecimento, acesso, difusão e fruição dos diversos bens, memórias, saberes e histórias presentes nas culturas populares. Para tanto, além de receberem bolsas vitalícias, os mestres e grupos contemplados participam de diversos programas de ensino-aprendizagem, como oficinas, palestras, cursos e concursos, com o propósito de transmitirem seus saberes, processos fundamentais para a produção, manutenção e recriação de nossas manifestações culturais.
FONTE: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura de Pernambuco
Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - Fundarpe
Nenhum comentário:
Postar um comentário