quinta-feira, 13 de junho de 2013

=> CPAP ajuda a controlar pressão arterial de pacientes hipertensos

Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostra que um grande percentual dos hipertensos resistentes (aqueles pacientes que precisam utilizar mais de três medicações diferentes para controlar a pressão arterial) sofrem de distúrbios durante a noite como a apneia, caracterizada pela interrupção da respiração enquanto se dorme. A pesquisa analisou mais de 400 pacientes com hipertensão, e resistente e concluiu que a apneia pode potencializar a dificuldade do controle pressórico. 

A avaliação também mostrou que o tratamento com CPAP - pressão positiva contínua nas vias aéreas - foi associado com reduções significativas na pressão arterial.  A CPAP é um aparelho colocado no nariz do paciente durante o sono, e consiste basicamente em manter abertas as vias aéreas, tornando-as permeáveis. A relação entre a hipertensão e apneia do sono já era sabida. De acordo com o fisioterapeuta e diretor geral da TR Médico Hospitalar, Tiago, Moura, cerca de 40% dos indivíduos com hipertensão possuem a doença. 

"Isso acontece porque a faringe, ao relaxar durante o sono, torna estreita a passagem de ar, provocando as vibrações típicas do ronco, até se fechar completamente e interromper o fluxo respiratório temporariamente", explica Moura. "Numa reação de defesa, o organismo libera adrenalina, que contrai os vasos, restringindo assim o espaço por onde o sangue circula. Como o volume sanguíneo precisa correr por vias contraídas, há o aumento da pressão".

No início, esse aumento ocorre apenas durante o sono, mas com o tempo pode passar a ser uma rotina. Por isso, a medição da pressão arterial é ainda mais importante nas pessoas com a apneia. "E aqui começa mais um problema. O indivíduo que ronca e interrompe a respiração, muitas vezes nem percebe o sufoco pelo qual passa enquanto dorme, pois com a disfunção ele não respira de maneira correta e o corpo acaba não conseguindo descansar como deveria", comenta o fisioterapeuta.

Há ainda um outro fator importante. "A pessoa com apneia do sono apresenta maior variabilidade da pressão arterial, cujo aumento está ligado à lesão dos órgãos-alvo (coração, cérebro e rim)", afirma o diretor geral da TR Médico Hospitalar. "Ao reduzir o número de episódios apnéicos noturnos, o tratamento com a CPAP pode atenuar os mecanismos que levam à elevação aguda e crônica da pressão", destaca. Ou seja, o uso do CPAP reduz os níveis de pressão arterial em pacientes com apneia. Além disso, é essencial também a perda de peso, a redução do consumo de álcool antes de dormir e adormecer em posições laterais.

FONTE: MADE ASSESSORIA

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