O candidato a governador Zé Gomes (PSOL) denunciou nesta terça-feira (22), no primeiro debate entre candidatos, o “caos social” que vive o Estado de Pernambuco. O encontro foi promovido pelo Clube de Engenharia e pela Associação das Empresas de Planejamento e Consultoria Empresarial do Nordeste (ASSEMP) no Hotel Mercure, na Ilha do Leite. Diante do candidato Paulo Câmara (PSB), Gomes afirmou que a realidade do pernambucano é bem diferente da publicidade oficial. E, citando indicadores sociais, comprovou que o crescimento do Estado não tem se convertido em melhora na qualidade de vida da população.
Gomes citou, como exemplos do descaso com as políticas sociais, a queda de Pernambuco, da 14ª para a 18ª posição, no último ranking nacional do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Mencionou ainda o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) mais recente, em que o estado aparece em 18º entre os estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental, 20º entre os do nono ano e 16º no terceiro ano do Ensino Médio. Já o índice de analfabetismo tem crescido e chega a 16,73% da população nessa condição.
“Apesar do crescimento do Estado, alguns indicadores sociais estagnaram e outros recuaram. O modelo de crescimento tem sido concentrador de renda, destruidor do meio ambiente e gerador de desigualdade social. Não houve planejamento para que o crescimento se refletisse na área social. E, além disso, foi induzido por renúncias e incentivos fiscais, que, além de serem uma bomba-relógio, comprometem a capacidade de investimento social do estado”.
Em relação à educação, Gomes voltou a afirmar que existe um ‘apartheid’, com a utilização das escolas de referência, que representam 20% do total da rede, como peça de propaganda, como se correspondessem à situação geral do estado.
O candidato do PSOL, cujo programa de governo tem como principal objetivo ampliar a participação popular e o controle social na gestão pública, elogiou a iniciativa do Clube de Engenharia de assinar nota de apoio ao movimento Ocupe Estelita, contra operação truculenta de reintegração de posse. “A relação do governo com o movimento social tem sido o escudo do batalhão de choque e a bala de borracha. É uma opção por não dialogar com a sociedade”, disse.
Entre os episódios que, segundo Zé Gomes, demonstram a falta de diálogo, na contramão do que foi reivindicado nos protestos de junho de 2013, estão a não convocação de conferência estadual de Segurança Pública, no âmbito do Pacto pela Vida, e a interrupção da conferência de Transporte Público, sem realização da plenária final. Também lembrou da falta de dotação orçamentária para o Conselho de Direitos Humanos – o que culminou com a renúncia dos representantes da sociedade civil – e o desrespeito à posição do Conselho Estadual de Saúde, que se posicionou contra as Organizações Sociais (OS’s) nas unidades médicas.
Ao falar sobre o transporte público, sustentou que, além de não dialogar com o usuário do sistema, segundo Gomes, a opção pelo BRT deixa o trânsito ainda mais lento. Como alternativa, defende o VLT (veículo leve sobre trilhos), integrado ao restante do sistema, e o fim das integrações ônibus-ônibus, com adoção do bilhete único.
FONTE: Assessoria de Comunicação Social da Campanha Zé Gomes Governador
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