No meio dessa quarentena, desse isolamento, desse... Ah! São tantos! Eu, já cansado, enjoado... desvio minha atenção, e penso na nossa jovem e frágil democracia.
Nesses tempos, e sem precedentes, nunca nossa democracia esteve tão ameaçada pelas afronta e desdém, a ela, dirigidas.
Júlio Furtado, em sua "A Arte de Sofismar", escreve: "A democracia seria o regime ideal se a liberdade solucionasse o problema econômico."
Nada a ver. Sofisma puro, e em seu mais alto grau. E Júlio fora sábio ao titular suas palavras: "A Arte de Sofismar".
O que assistimos de ameaças às nossas liberdades é de estarrecer. Seus agentes a preferirem o econômico à liberdade; o econômico à saúde; o econômico à felicidade da nação. E, esta, a rogar pela união da economia com seu bem estar, na certeza de que este não exclui aquela. Mas, sim, que se completam, que se satisfazem...
É de se lembrar, por oportuno, de Churchill: "Ninguém pretende que a democracia seja perfeita ou sem defeito."
E, quando dela falo, implícito reside o conceito de liberdade. Porque não há falar em democracia sem a presença de liberdade. Sobre todos os valores. Mas a eles se completando.
É como diz o grande Lincoln: "Como não gostaria de ser escravo, também não gostaria de ser amo. É essa a minha ideia de liberdade."
Que, em corolário, junta o econômico à liberdade e ao bem estar. Sem essa junção, não há bem estar.
REDIGIDA EM: 05.05.2020
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